Quanto mais viajada for uma pessoa, mais culta ela será. Mais que uma frase de efeito, essa é uma realidade constatada por todos aqueles que têm a oportunidade de viajar frequentemente. Devido a isso, a utilização do turismo como ferramenta educativa é uma ótima forma de consolidar e ampliar o conhecimento dos alunos.
O turismo pedagógico possibilita, entre outras coisas, a observação e a vivência dos conteúdos trabalhados em sala de aula. Além disso, a oportunidade de conhecer e se integrar a novas culturas é fundamental na formação para a cidadania, na medida em que oferece oportunidade de conviver e interagir respeitosamente com o diferente. Em relação à aprendizagem, a motivação e o prazer proporcionados por atividades extraclasse são excelentes ingredientes para a construção do conhecimento.
O que a área do turismo chama de turismo pedagógico é normalmente denominado como estudo do meio pela Pedagogia. Com o grande aumento desse tipo de atividade pelas escolas nos últimos anos, esses termos assumiram definições específicas, como mostrado no post TURISMO E EDUCAÇÃO – DEFINIÇÃO DE TERMOS, diferenciando estudo do meio, com duração máxima de um dia, de viagem pedagógica, quando há pernoite, ambos enquadrados na categoria turismo pedagógico. Independentemente da duração, o turismo pedagógico se refere a toda atividade ditático-pedagógica que acontece fora do ambiente escolar, tendo como princípios norteadores o conhecimento, a vivência, a convivência, o respeito, o aprendizado e o lazer. Hora e Cavalcanti (2003, p.225 apud BONFIM, 2010) destacam como essas atividades possibilitam o conhecimento dinâmico e o respeito pelos diversos ambientes:
As formas de relevo em uma aula de geografia estarão à vista, poderão ser percorridas; os impactos da poluição serão sentidos de perto em uma aula de campo sobre o meio ambiente; a aula de história ganhará formas nos monumentos históricos da cidade; as formas geométricas ganharão fascínio nas fachadas dos prédios e nos terrenos. Enfim, são inúmeras as possibilidades do turismo pedagógico.
Apesar do turismo pedagógico, por definição, se referir a atividades realizadas fora do ambiente escolar, é importante destacar que seu início e seu término ocorrem em sala de aula. O processo se inicia durante o planejamento anual, quando os professores das diversas disciplinas identificam, entre os conteúdos a serem trabalhados em cada ano, quais são adequados para o trabalho extraclasse, e incluem em seus planos de ensino essas atividades. O trabalho com os alunos ocorre em três momentos (PIZA, 2002):
1. Preparo teórico do centro de interesse – os professores de cada disciplina introduzem os temas que serão trabalhados e fazem, junto com os alunos, o planejamento e a preparação para a atividade. Esta etapa possibilita o desenvolvimento das capacidades de organização, iniciativa e participação;
2. Realização da viagem ou visita aos locais de interesse – os alunos vão aos locais previamente selecionados, para vivenciar o que foi aprendido teoricamente. É importante documentar o que foi observado, por meio de notas, entrevistas, filmagens, fotografias e coleta de materiais. Esta etapa possibilita o desenvolvimento do respeito e das capacidades de observação e de coleta de dados;
3. Exploração dos resultados e apresentação das conclusões – pode ocorrer de várias formas: seminários, relatórios, meios audiovisuais, dramatizações, portfólios etc. Esta etapa é fundamental para a sistematização dos conhecimentos.
Segundo Pelizzer (2005 apud MATOS, 2012), esse processo pode levar a mudança de atitudes perante a vida, “promovendo uma melhor adaptação do indivíduo consigo mesmo e com o meio em que vive” (p.5). Os alunos vão perceber que elementos estudados separadamente, em diferentes disciplinas, são encontrados de forma integrada na realidade.
Numa época de globalização e enorme avanço tecnológico, em que é muito fácil obter informações sobre qualquer assunto, o turismo pedagógico se destaca como uma excelente forma de consolidar e ampliar os conhecimentos dos alunos, pela possibilidade de integração entre teoria e prática dos conteúdos abordados.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BONFIM, M. V. S. Por uma pedagogia diferenciada: uma reflexão acerca do turismo pedagógico como prática educativa. Turismo: Visão e Ação, v. 12, n. 1, p. 114-129, 2010.
MATOS, F. C. Turismo pedagógico: o estudo do meio como ferramenta fomentadora do currículo escolar. Anais do VII Seminário de Pesquisa em Turismo do Mercosul. Turismo e Paisagem: relação complexa. Universidade de Caxias do Sul,Caxias do Sul-RS, 16 e 17 de novembro de 2012.
PIZA, D. T. Estudo do meio como processo pedagógico. Revista Turismo em Análise. São Paulo: ECA-USP, v. 3, n. 1, maio, 1992.